vamos começar pela polêmica (e o absurdo!) do momento! vamos explorar a hipocrisia de pessoas declaradamente liberais e alguns setores, como o mercado financeiro, que exigem regras rígidas pra proteger investimentos, mas parecem fechar os olhos quando o assunto é manipulação e desinformação nas redes.
o mercado financeiro tem se posicionado a favor do que eles chamam de “liberdade de expressão em redes sociais”. e, olha, pra mim isso soa MUITO contraditório. parece que esqueceram que redes sociais são, antes de tudo, mídia. e mídia não é qualquer coisa: é onde você paga para ter visibilidade e, se não está pagando, pode apostar que estão vendendo sua atenção pra quem paga. em resumo: redes sociais são um mercado.
agora, deixa eu te contar uma curiosidade histórica sobre o mercado financeiro: ele já passou por vários escândalos envolvendo manipulação de informações. e é por isso que os maiores mercados globais, como o dos Estados Unidos e da União Europeia (no Brasil também temos fiscalização para isso), têm regras rígidas (sim, regulamentação!) pra garantir que o jogo seja minimamente justo. quem quebra essas regras pode acabar com multas milionárias, banido do mercado e, em alguns casos, até preso.
exemplo recente? claro que temos:
em 2018, Elon Musk, CEO da Tesla, tuitou que estava pensando em fechar o capital da empresa a US$ 420 por ação, dizendo que o financiamento estava garantido. o problema? a SEC (que regula o mercado nos EUA, tipo a CVM aqui no Brasil) alegou que as declarações eram falsas e enganosas. o resultado foi caro:
- Musk e a Tesla tiveram que pagar multas de US$ 20 milhões cada;
- Musk foi obrigado a deixar o cargo de presidente do conselho da Tesla por pelo menos 3 anos (continuou como CEO, mas só por causa do cargo ser diferente);
- a Tesla teve que implementar medidas pra supervisionar as comunicações do Musk.
ou seja, dá pra entender que, no mercado financeiro, uma fofoca mal-intencionada pode gerar prejuízo pra uns e lucros absurdos pra outros.
mas o que isso tem a ver com redes sociais?
bem, redes sociais são vendidas pra gente como espaços amistosos de interação. mas o que estamos vendo é bem diferente: ambientes hostis, com discurso de ódio, informações falsas e um mercado livre (e descontrolado) de audiências. as redes sociais não são uma pracinha simpática em frente à igreja — são um mercado publicitário gigantesco, avaliado em US$ 257,97 bilhões só no segmento online (segundo dados da Statista).
e aqui fica a pergunta: a quem interessa que essas plataformas gigantes operem sem regras democráticas? quem lucra com o caos?
pra mim, fica claro que precisamos olhar com mais atenção pra essa questão. afinal, a liberdade de expressão é importante, mas sem responsabilidade, vira terreno fértil pra manipulação e danos reais.

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